quarta-feira, 25 de outubro de 2023

EU SOU A UNIVERSAL

 


Sim, é o slogan da Igreja Deus é Amor.

Meu blog está sem atualização desde 2017 (até o acesso tinha perdido) e meu último texto foi pro Bernardo, depois disso segui um luto sem precedentes e, muita coisa mudou.

Certo dia lembrei do recado da Dona Loreto (mãe da Sofia), que eu precisava voltar a escrever. O incentivo sempre caloroso, quase funcionava, mas eu não sabia mais contar histórias, quiçá com teor chatíssimo. Tudo o que é ruim de passar é bom de contar, e isso sempre me fazia ver o copo meio cheio quando tudo dava errado. “Até aí tudo bem”, a história sempre piora e fica melhor ainda.

Meu ritual para escrever era bem tóxico e sem aquilo tudo, não conseguia formular uma frase se quer. Eu gosto de produzir enquanto os outros dormem, kkk.  Logo, as melhores ideias me acontecem depois das 12P.M. E para escrever não seria diferente. Depois da meia-noite, fazia um café bem forte, pegava um maço de cigarros e acontecia a magia da inspiração. Um texto não era bem produzido por menos de 10 cigarros/noite, 3 rodadas de café da italianinha, noite adentro – isso me dá um ranço só de lembrar.

“Eu sou a Universal” foi um apelido carinhoso que ganhei na época em que parei de fumar, de tomar café, por um período parei até de beber, enlouqueci e me tornei a Universal – só pra esclarecer aqui, eu não decidi tudo isso, que clima chato! Sem essa munição, não era a mesma pessoa, e consequentemente fui me adaptando ao longo do tempo como (sobre)viver. E escrever era praticamente impossível sem fumar, que curioso, as atividades estavam ligadas.

No entanto, a escrita, contar histórias, fazer fofoca e sensacionalismo me aqueçam o coração e aquietam a minha mente, simplesmente parei.

Loreto tinha razão. Aqui estou, escrevendo sem fumar, mas é madrugada. Algumas coisas não mudam. Será um recomeço pegando fogo; aquele rolê de globo da morte; moto estralando; arrebentando arame; pau quebrando; a bruxa gritando; aquela confusão, o CLIMA CHATO voltando.

 

domingo, 24 de setembro de 2017

NEVER LET ME GO



Gosto de começar os textos com letras de música, mas agora escrevo confusa. Não sei se nossa música é “That’s Why” do Vintage Culture, “Qué Namora Eu” do Pedro Paulo e Alex ou “Never Let Me Go” do Alok, hahaha.

Preferi um texto ao invés de um slide PowerPoint com várias fotos, o que não seria possível, até porque só temos uma foto juntos. A propósito, naquela foto ficou evidente que a gente não combinava, mesmo. E foi ótimo assim. Pessoas como nós juntas, não tem final feliz. Acabam presas ou mortas haha - (desculpa, era pra ser uma piada).

Mas aposto que você adoraria ter um texto aqui, de novo.

Na época as pessoas só me julgavam: “ela está fora si!”. As pessoas julgam muito, sem ao menos tentar entender. Talvez elas julguem de novo. Mas como diria você: FODA-SE! Mal sabiam elas que eu passava por uma crise existencial dos quase 30 anos. Com você eu lembrei que juventude é um estado de espírito e que números no nosso caso nunca fariam sentido. Você me proporcionou histórias impagáveis que renderiam muitos “queclimachato”. Se eu contasse, ninguém acreditaria.
Como no dia que descobri que você era louco de verdade. Medicado. Mantido sob-controle, hahaha. 

- Já tomou seu remédio hoje? Nosso bordão forever.

Eu me chateei muito, mas me diverti o dobro, pode ter certeza.

Se quando tudo acabou eu chorei o Oceano Atlântico, imagina só quando eu descobri que você tinha nos deixado para sempre?! Saudade que não se pode matar é horrível. Remorso, pior ainda. Gostaria muito de voltar no tempo e aceitar os convites de café, balada, cerveja na calçada. Levar os acessórios que você queria. Diagramar seus trabalhos que eu dizia nunca ter tempo. Agora não adianta, eu sei! Mas fiquei pensativa sobre nunca sabermos quando o acaso é uma despedida.  A gente vive como se nunca fosse morrer, uma pena!

Não importa o que tenha acontecido. Não valia a sua vida. 
Espero que você esteja em paz!

Eu sigo com saudade, com as histórias pra contar, e, com a lição de dar mais atenção pra quem foi/é importante pra mim. QUE CLIMA CHATO!

[PS: onde está, onde está o disco voador?!]


quinta-feira, 30 de março de 2017

MOZÃO



SAUDADES blog, climão, mozão! (edição especial retorno apoteótico – 11 meses sem clima chato, OMG).

Quando escrevo, a dor passa ;)

“Tão natural quanto à luz do dia
Mas que preguiça boa, me deixa aqui à toa
Hoje ninguém vai estragar meu dia
Só vou gastar energia pra beijar sua boca” - Charlie Brown Jr.

Ele é o Javier Bardem do Bairro Alto; meio-campo de final de semana camisa 7, são paulino fanático; de exatas; o tipo de crush que curte Natiruts, Dazaranha, O Rappa; Garoto estilo novela MALHAÇÃO; praieiro das areias de Guaratuba. O típico cafajeste romântico que te espera fora do carro, encostado, bebendo cerveja.

Quando você está carente, vê amor em tudo. É tipo ir ao mercado com fome. CLIMÂO!

A gente combinava em tudo! (No começo as pessoas sempre combinam, inacreditável futebol clube). Talvez a gente só combinasse em tudo por ele me chamar desde o primeiro dia de “mozão”, no verão, no auge da onda! Meu fechamento é você.

A gente combinava em tudo, até eu fumar o segundo cigarro seguido. Até ele descobrir que eu gostava de balada sertaneja. Até eu parecer “a fútil do fitness”. Até eu cantar “Céu Azul” pela manhã. Ou, por eu usar TODOS os cosméticos da mãe dele, kkk.

Combinávamos em tudo, até eu descobrir que ele sempre estava sob efeito de entorpecentes. Que pela manhã ele preferia cerveja a café. Até eu o ver bebendo Original no bico, dirigindo. Um rebelde sem causa com voz doce. Mesmo assim, ele ainda era meu Javier Bardem. Mesmo preferindo bar à academia. Poxa, que coxas! Na verdade, ele nem precisava de academia.
Nunca saberei o real motivo da descombinada toda.
Nem mozão, mor, babe. Ele já me chamava pelo nome. Meias ausências, mensagens visualizadas e ignoradas.

- O que acontece na sua vida de tão extraordinário pra você se esquecer de mim?!

Caso você queira que o crush suma de uma vez por todas, copie e cole essa pergunta no WhatsApp, hahaha.

Nenhuma resposta. Nunca mais ouvi falar dele, ou, o que acontece de tão extraordinário na sua vida. Que clima chato!




quinta-feira, 28 de abril de 2016

BAD HAIR DAY



“Oh senhor cidadão,
eu quero saber, eu quero saber
se a tesoura do cabelo
se a tesoura do cabelo
também corta a crueldade”  Tom Zé – Senhor Cidadão

Uma vida inteira vivendo um “bad hair day”. Uma vida inteira esperando o empoderamento dos cachos. Quando vi essa foto me senti abraçada e pensei: nós conseguimos!

Palavras-chave: bullying, cabelo, crueldade, intolerância, climão, preconceito, cachos.

Talvez eu tivesse melhores recordações da infância se não fossem as feridas causadas pela intolerância dos outros, pelo dedo apontado na cara por ser “diferente”, o tal do bullying. 

Minha mãe me acalmava dizendo que era coisa de criança. Depois seria diferente. Esse “depois” nunca chegava. Colecionei os mais variados apelidos durante a infância mas tinha esperança de que na adolescência tudo seria diferente. Foi nada. Foi pior. Foi climão.

Me arrependo muito das manhãs mal dormidas pra fazer escova e chapinha, porque foram muitas, hahaha. Que vida sofrida! Aquele que nunca fez nada para ser aceito socialmente, que atire o primeiro tubo de formol. Então na vida adulta tudo isso teria um fim? Que isso, preconceito também envelhece! É cultural, não tem faixa etária.

[Relatos leves]

Já tive que cortar o meu cabelo à lá Gal Costa para conseguir um emprego.

Ouvi de um colega de trabalho que não haveria problema em andar a pé numa rua perigosa da cidade, afinal com esse cabelo facilmente seria confundida com um pivete e logicamente não seria assaltada. CLIMÃO.

Digeri também o comentário da mãe de um crush que ele não poderia cogitar a hipótese de namorar comigo, afinal, o que a família tradicional brasileira deles acharia do meu cabelo?! PESADO.  
É cada um que aparece pra testar a nossa fé!

[  ]

O bad hair day passa longe quando a gente se aceita e tem orgulho de quem é. Mas confesso que quando recebo um elogio, desconfio se não é bullying. Trauma, quem nunca?!

Debaixo desses caracóis meus e dos outros têm tantas histórias, pessoais como ancestrais, que alisamento nenhum é capaz de apagar. Mas fico matutando aqui enquanto escrevo, se preconceito AINDA existe com o cabelo do próximo, imagina com o resto né minha gente?

Cabelo feio, duro, vassoura, ruim, que não presta, “entra água aí?”, Bombril! Preso ou armado? Essa moda não é pra qualquer um, é pra quem tem coragem - assim como tudo que vai à contramão.

Mas me diga: a tesoura do cabelo também corta a crueldade?


Foto @nathaliebarros

domingo, 8 de novembro de 2015

sabe de nada inocente


Eu não posso trabalhar no banco, porque sou formada em Design e pouco ajudaria meu grau de instrução na ação de vender títulos de capitalização, seguros, cartão de crédito, abrir conta, entender de juros, dólar, okay. Mas pra vender roupa tá valendo tudo e quem quiser. A moda é incoerente em todos os segmentos - claro, mas hoje, escrevo de um caso isolado: o varejo da moda.

Não é de hoje que escuto o lamento dos outros e meu, inclusive, sobre o famoso shopping. Existe um preconceito inabalável sobre vender moda, ou roupa, vestuário, “brusinhas”, como seu pré-conceito quiser. E não poderia ser diferente. Um sistema tão corrupto não poderia estar livre disso. Acontece que ser vendedor não é tarefa tão fácil assim e muito menos pra qualquer um. Assim como ser advogado, empresário, psicólogo, alfaiate, escritor, pra vender você precisa de talento, e, moda meu caro, principalmente. E não me venha com o discurso batido de que moda é fútil, porque até então não andamos nus. Quem você é? Sua roupa pode me dizer muitas coisas, sem ao menos trocarmos uma palavra.

Quando tive que sair do emprego do qual tinha muito orgulho, afinal, “era minha área” meu chefe questionou com todo desdém: vai fazer o que agora? Voltar pro shopping? Sim! Pro shopping, obrigada de nada. Pelo menos não levo trabalho pra casa, não sofro bullying de cliente, nem recebo e-mails com dose de depressão em anexo. 
Viu só... O shopping tem lá suas vantagens. 

Mas depois de muitos tropeços e tapas na cara eu passei a respeitar o segmento. Sim, estava no sistema e fazia questão de criticar com tópicos intermináveis. Tem gente que faz carreira no shopping sabia? Compra casa, carro, cria filhos, faz viagens... Pois é. Meu preconceito nunca me deixou enxergar isso. Mas assim como qualquer outro ofício, não é fácil vender algo que as pessoas não precisam. E argumentos pra moda necessitam ser precisos, rápidos e eficientes. Vender o que está no catálogo, no outdoor, vestindo a modelo manequim 36, bem maquiado com retouch e muito truque de styling, é digno. A finalidade de catálogos, outdoors, revistas, anúncios e muito marketing é vender a palhaçada toda. Dinheiro sustenta o sistema e ele vem do varejo, ora bolas (hoje abalado pela internet).

Mas aí é que começa a discrepância no varejo de moda. Se eu não tenho aptidões pra trabalhar no banco, por exemplo, porque a pessoa de outra área tem livre acesso e aceitação no shopping? Simples. Porque não tem política, respeito, claro. Leu uma revista – que no caso é ver imagens – e pronto, sei de moda. Sabe de nada, inocente. Falar que a “brusinha” é linda/maravilhosa/delícia, é fácil pra bater meta. Quero ver vender algo que combine com o biótipo e situação-problema do cliente e acrescentar outras que ele não precisa com argumentos palpáveis.

Vejo lojas e lojas com pessoas infelizes, reclamando do feriado, do sábado, do domingo, da meta, do salário, disso, daquilo. No entanto, não acredito que o emprego tradicional da família brasileira, de segunda à sexta das 8h às 18h seja tão incrível. Já senti o gosto de um emprego assim, mas tinha menos vida, do que hoje, trancada no shopping alguns feriados ou domingos. Fez faculdade de moda e está reclamado de ser vendedor porque não estudou pra isso? Pelo menos você está trabalhando e sabe o que está vendendo – o país está indo de mal a pior, é melhor agradecer. Imagina quem fez Ciências Sociais e está no shopping? Que clima chato!

_ Ah, mas moda a gente aprende, pega o jeito!

A falta de senso é o novo preto ¬¬

É, mas eu não posso ser bancária. Contadora. Arquiteta. Médica. Nessas áreas você precisa de estudo né? Não de jeitinho.
O mais curioso da divergência toda? Todo mundo cresce no shopping. Menos quem entende da coisa (fatos verídicos). Porque não é conhecimento que conta, e sim, números, falsidade e muito desaforo levado pra casa, no ônibus de preferência.

Esses dias conheci uma velha marca, numa loja nova, na qual fui SUPER/MASTER/bem atendida, pela vendedora que sabia de cada detalhe dos vestidos. Do design das peças. O porquê das cores. O tema da coleção. A conversa que as roupas tinham. O discurso das araras. Ela não me vendeu nada – porque teria que vender um terreno pra comprar algo lá, haha - além de uma reflexão valiosa, do quanto tem gente medíocre/despreparada vendendo roupa pra você, pra mim.

Ah, eu não quero ser bancária, só usei o ofício como exemplo, porque minha mãe queria MUITO que eu fosse uma, e sempre me compara a uma prima que é bancária e o quanto ela é bem sucedida, sendo que temos quase a mesma idade. Bom, ela deve ser mais ambiciosa e menos arrogante que eu. Mesmo assim, ainda prefiro vender “brusinhas modas” a seguro. Perdão Mãe!

Enfim, o Diabo veste Prada, CLIMÃO!


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Amores Atrasados



Imagine a trilha desse climão sendo Intro - The XX.

Tem coisas na vida que a gente não pode prever!

A primeira vez que o vi, flertei, namorei, casei, tive 3 filhos, TUDO em 15 segundos de olhares trocados. Ele poderia ser qualquer tipo de pessoa, que mesmo assim admiraria. Naquele momento, formei minha opinião sobre, criei todas as expectativas, até porque fantasiar personalidades é minha especialidade.

- Nossa, mas ele é bonito! Acho que não é gay hein?! Disse a amiga.

Começava a busca das informações. Stalkear alguém do zero é muito complicado, sem saber o nome então... Duas semanas pra descobrir onde ele trabalhava. Um dia pra descobrir quem era. Duas horas pra achar nas mídias sociais. 

Poliglota, ex-jogador de futebol gringo, apreciador de tatuagens polêmicas, pai de pitbull, e... E CASADO! Muito bem casado por sinal. Véu, grinalda, cerimônia no jardim, terno Ermenegildo Zegna, festança, aliança de brilhantes – não, eu não vi a aliança. P-E-S-A-D-0.

Coloquei “Intro” pra tocar, acelerei nas curvas do Contorno Sul, com os vidros abertos gritando seu nome – me sentindo em Amores Roubados – só que no caso, era amor atrasado mesmo.

O arbitro apitou, fim de jogo! No entanto, me contento com um “oi, tudo bem?!" e sorriso largo, todos os dias. Que clima chato! 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

EU NÂO SOU FIEL



Fica a dica pra quem quer namorar.

Festa particular com direito a deephouse no último volume e muito champanhe Veuve Clicquot. O motivo? A vida dele só progredindo e a chegada do seu carro nave espacial ultra luxo. Depois de tanto glamour a comemoração só poderia acabar em confusão, não, espera - CLIMÃO!

Ele disse que foi “SÓ” desligar o alarme - afinal de contas era domingo - mas a curiosidade foi além, até porque, a senha da Fernanda era tão ridícula que o celular merecia uma inspeção, que-que-tem né?! E quem procura, acha.

Quando Fernanda acordou, sentiu um clima pesadíssimo e perguntou o que estava acontecendo. Nada demais leitor. Fernanda estava apenas conversando com cinco garotos no WhatsApp – maldito mundo digital – o suficiente para colocar muitas duvidas no ar sobre seu caráter e jeito-meigo-menina-de-família. Que clima chato.

Até explicar para um coração apaixonado que conversa e flerte são coisas totalmente diferentes... garrafas voaram, taças, travesseiros, ofensas, até o iPhone 6. 

- Suas coisas já deixei lá fora, já pode ir embora!

Depois do famoso tempo, Fernanda perdoou a invasão de privacidade, bolou uma senha bem difícil – mesmo decidida a ser fiel - bloqueou seus admiradores e foi ao encontro de Gustavo.
A conversa começou com uma letra de música bem fofinha: “Eu só aceito a condição de ter você só pra mim”.

Fernanda que até então tinha medo da palavra namoro e sim, estava solteira por opção, comprou a briga e hoje, posta fotos de casal fit-bem-sucedido-amor-sem-fim e viveram felizes para sempre. 

sábado, 22 de agosto de 2015

bad vibes



“Será que a minha energia é tão pesada assim, pra atrair tanta gente ruim?!”...

Daí você pensa que não é possível existir tanta gente sem dignidade, amor ao próximo, o menor senso de realidade. Não se engane com todas as meiguices, tapinhas nas costas, juras de amizade eterna. Muitas dessas almas passam pela nossa vida apenas para deixar uma lição e não o chão, na verdade, tiram você dele sem o menor pudor.
Porém, me intrigo sobre o que é pior: lidar com a falsidade ou com a máxima sinceridade do outro.

Na verdade, todo mundo se enquadra ao sistema pra sobreviver. Sim, sobreviver. Viver é outra coisa. A gente ajusta um defeito aqui, alinha uma qualidade ali e vai. De mentira em mentira vamos construindo nossos laços, afetos e ilusões, com muito filtro e legendas bonitas. Só não queria que o resultado disso tudo fosse apenas amizades rasas, descasos de amor, trapaças no trabalho, injúrias de Deus, tudo bem editado.

Então, por favor, só compartilhe a sua good vibes com quem merece. Porque por mais espiritualizado que você seja, é difícil lidar com a falta de honestidade, caráter, benevolência. Isso apaga sua luz. CLIMÃO!

O que não sai de moda, nunca, é ser do bem!

Como diz Los Hermanos: “Quem é mais sentimental que eu???”


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Seus vinte anos



“Preparo um café ou a vida?”

Conforme o tempo vai passando a responsabilidade só aumenta, a preocupação também – nem tudo sobre envelhecer estava no script - e aquela euforia da juventude fica num passado muito remoto, quase inacessível na memória e mal nos lembramos do sabor. Na roda dos amigos de quase trinta, a frase “ah eu com a cabeça de hoje aos vinte!” é de praxe, clichê.

Mas não tem jeito, isso se chama vida e vai rolar com todo mundo! Climão.

Já que envelhecer é inevitável e juventude é mais um estado de espírito do que números – que confuso, não tomei meu remédio hoje – algumas experiências são enriquecedoras, entorpecentes de alta qualidade pra dar aquele up. Uma adrena, sabe?

Ele chegou com seu romance efêmero e muita alegria de viver. Uma falta de noção de dar inveja! Logo me pergunto: “aos vinte era idiota assim?!”. 

É um compartilhamento de gerações, ideias, músicas, desejos. Renovação pura. É impossível não se contagiar e emprestar pra si uma poção nostálgica. Você se sente no direito de ser jovem, de novo, tanto quanto, agir instintivamente com a mesma intensidade e meiguice. Jurando até dependência psicológica. O tempo te enche de armaduras, máscaras e desconfianças, talvez amarguras, enquanto eles andam de peito aberto, e, disso sinto saudade.

Paixão deixa qualquer um mais jovem. Paixão pelos seus vinte anos acaba com bigode chinês.

Mas muita calma nessa hora. Entenda isso como uma tempestade - sim ela vai passar. Enquanto um lado tem a vida toda pela frente, o outro sabe que uma falha na jogada é xeque-mate.

Nesse desenrolar, prepare só um café, no máximo um look!


sexta-feira, 10 de julho de 2015

A culpa é sua



Abriu o box, ligou o chuveiro e sentou-se no chão. Precisava pensar. Aquarianos pensam melhor embaixo d’água. Tomou uma decisão após 3 horas no banho. Enxugou as lágrimas. Enrolada numa toalha branca - sem a menor intenção de ser sexy, sua coragem tomou forma em sua única frase: Eu não te amo mais!
Como alguém deixa de amar de um dia pro outro!? Até ontem você me amava, disse ele.
Bom, ela já não amava fazia algum tempo. Entretanto, como tudo na vida acaba virando rotina, um “eu te amo” aqui ou lá, é trivial.
A discussão foi longa, porque o “eu não te amo mais” envolvia muita coisa. O fim de um casamento é muito burocrático.
- Fique com tudo.
- Não. Não quero! Fica tudo pra você.
Climão!
Ela ficou com as dívidas, liberdade de sobra, e, mais bonita até.
Ele ficou com rancor. Pela partida do seu amor, colocou a culpa em Deus, na Dilma, nos astros, nas amigas dela – más companhias, solteiras, baladeiras, influenciadoras – claro. Até porque os amigos dele, maconheiros e maloqueiros, tudo bem, tudo bom. Quando a culpa é nossa, a colocamos em qualquer um, nada mais justo para aliviar um coração partido. Que clima chato!
Mas para encontrar sua verdadeira cara metade vale tudo: quantos chás de panela for preciso, casamentos em todas as religiões, colocar a culpa em quem quiser. Foda-se. Recomeçar é assim mesmo. Só não vale tomar decisões difíceis no banho porque precisamos economizar água. O amor pode ter fim, a água não ;)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ele não ligou


“Você nunca falou eu te amo.
Você sempre falou eu também.
Quando eu que falei eu te amo.
Você sempre falou eu também.” Tiago Lauro

Eu começaria esse texto pontuando o selfie que não temos, que em compensação ele tem aos montes com gente bem menos interessante, feia e nem tão próxima assim, mas tudo bem. Vou começar o texto de novo.

[começo]

Naquele dia eu acordei mais velha, usando manequim 36, fiz o melhor café do mundo (como todos os outros dias) e esperei ele ligar... um SMS (daqueles falsos mesmo), um pombo correio, sinal de fumaça e nada. Climão!

Eu trocaria todos os parabéns do mundo só por um “alô” dele.

Ah, se álcool resolvesse alguma coisa...

A graça era que ele sempre estava contra a corrente e era diferente de todos os babacas. Talvez ele já fosse um otário, só não tinha encontrado a turma certa. E eu? Eu errei feio, errei nude. Aquele ditado, que a gente só conhece uma pessoa pelo modo como ela te trata quando não precisa mais de você, agora faz todo sentido.

Meu rancor é todo seu, meu amor!


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Você se arrependeu?


"Eu nunca vi falar, falar, falar, falar assim
Na boa, cuida da tua que eu cuido de mim ''fella''
''Fella'' é como eu chamo você
Me odeia porque eu sou o que cê queria ser (aham)

Mas tu não aguenta carregar minha dor
Porque onde eu ando não anda falador (anda não)
Vai na macumba pra saber da minha vida, vai lá

Joga no Google pra saber da minha vida (xiiii)" ConeCrewDiretoria feat. Marcelo D2


Arrependimento deveria ser banido do vocabulário e do coração da gente!

Esse texto é pra todo mundo que não tem repertório cultural pra conversar comigo e não hesita em perguntar onde estou trabalhando, quanto estou ganhando, que carro eu deixei estacionado, quando um “que bom te ver” já bastaria. Que clima chato.

Eu não estou tão bem quanto gostaria e nem tão mal como você deseja, certo!?

Sempre me perguntam: mas você não se arrependeu de ter saído daquela empresa?
Não!Eu não acreditava mais. Estava cansada de ser barrada numa escala de crescimento profissional por não ter uma dosagem adequada de humildade. Eu não aceitava o argumento de que meu gênio ruim era um empecilho, quando outras características minhas eram requisitos para o cargo que eu queria. Nunca gostei de cara feia e ameaças. Odiava ouvir “nossa, você trabalha aqui AINDA?” como se fosse horrível meu emprego. Bom, quando não se tem chance ou sorte, você segue em frente, fim.

Antes de partir, um professor que estimo muito me desejou sorte e disse: espero que você encontre o que procura! E eu encontrei.

O que eu encontrei inflação, política, Dilma nenhuma pode me tirar. O que eu conquistei, levarei comigo, pra sempre.

Eu cresci na marra. Eu fiz amigos maravilhosos (antes, durante e depois) pra vida inteira. Descobri o poder da generosidade. Amei loucamente. Fui livre. Reconheci meu talento. Conheci muita gente grossa com gênio ruim que venceu na vida (quer dizer então que isso é só uma pedra no sapato e não o muro de Berlim, como me pregaram). Aprendi por palavras duras a respeitar a opinião de quem assina o cheque. Descobri o que era saudade de verdade. Porém tudo tem um preço, e, hoje não tá saindo barato, confesso.

Mas, sinceramente, eu não me importo (mesmo) se nós temos a mesma idade e você já tem dois filhos, um boleto com 60 parcelas do carro zero, 20 anos de “minha casa, minha dívida” e uma carreira promissora. Entenda que não estamos competindo, porque “sem GPS pra vitória, cada um faz seu destino”... Sábio Criolo!

Para de ser chato, pô! Para de me cobrar, de cobrar o próximo. O seu sonho pode não ser o meu. A sua convicção pode não ser a minha. Nossas crenças podem ser diferentes. Cada um na sua, no seu tempo. E aprenda que se sua escolha deu certo é sucesso, se deu tudo errado é experiência. No entanto, a vida da gente nunca estará adequada pra ninguém. Sempre haverá um palpite, uma crítica um etc e tal.

E retribuindo a sua preocupação me diz aí!!! E você? Não se arrependeu de ter ficado? CLIMÃO.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

obsessão, amor de vagabundo



Meus amigos descolados que me perdoem, mas não tem trilha sonora pra dor de cotovelo mais perfeita que um sertanejão 90’s, haha.

“Quero te dizer que eu
Sofro muito sem você
Coração tá em pedaços
Com vontade de te ver
Porque saiu assim da minha vida
Sozinho sem você
Não tem saída, porque, porque
Porque você não quer saber do meu amor
Porque” Zezé di Camargo&Luciano

Essas músicas são cafonas mesmo, mas se tem algo que nunca sai de moda é obsessão, amor de vagabundo. Não tem jeito. Climão!

Ainda ontem chorei de saudade. Ele está nas coisas mais inusitadas do meu dia. Tentar esquecer é continuar lembrando. Virou um círculo vicioso. Pura tortura. Meu bem, meu mal.

Me pego gritando ao celular para uma amiga sobre as últimas atualizações. Do outro lado da linha, sou questionada: “como você sabe? Anda fuçando o Instagram dele? Você disse que já tinha esquecido!” Menti. Insisto em sair pela tangente.

Outro amigo, (que não suporta mais isso) digita em letras garrafais: “DESENCANA, ELE É GAY”. Antes fosse!

Bom, embarquem no meu Monza 89, tem cerveja no câmbio, vamos ouvir uma moda de viola, e o rumo será aquele evento para aprender a dizer adeus, de verdade.

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domingo, 18 de janeiro de 2015

A consciência da brisa


“Mudar o mundo do sofá da sala, postar no Insta
E se a maconha for da boa que se foda a ideologia.” Criolo

Ei, tem seda?!

As pessoas falam tanto em liberdade, mas me explica como as pessoas podem ser livres de fato se dependem de substâncias para viver um ilusório momento de felicidade? Isso vale para todas as muletas prazerosas que fazem o indivíduo sorrir de orelha a orelha: álcool, cigarro, entorpecentes, remédios, coisa e tal. Por hora, uma observação superficial sobre a mari. 

Parece que todo mundo resolveu fumar maconha. Ah que cool! Acontece que até para usar drogas, você precisa se conhecer (e bem). Se por natureza, faça sol ou chuva, você morre de preguiça de pensar, agir e acertar o ponto do miojo é um ato heroico... hmmmm cuidado!!! Acho que você está usando a droga errada =(

Fuma junto na roda ou cai fora. É meio complexo ficar sóbrio onde todos param no tempo, no qual fica evidente a perda temporária de inteligência e não se sabe se riem pra você ou de você. Já viu brisado fazendo um lanche? Pão, ovo, atum, batata palha, maionese, vagem, mostarda, vina, arroz, feijão, farinha, achocolatado, lasanha, resto da pizza de ontem e o que tiver pela frente. É um gourmet altamente improvisado, experimental e sem fim. Não há dieta que resista.

Nas rodas culturais da cidade, ouço os defensores da legalização apontando os benefícios da erva, só vai, só o bem. Artista defende, faz apologia, tem coragem de solucionar o tabagismo com o THC.
Engraçado que diferente de outras drogas, a maconha te permite assistir de camarote toda a sua alucinação, mas não te deixa voltar. Você sabe que está falando idiotices, comendo demais, parado no tempo, mas não consegue retomar o controle; é a tal da “consciência da brisa”. Então, eu queria saber qual a graça de perder o controle da mente?

Conheci um jovem superviajado, desses que o passaporte é pura ostentação, mas o papo não é reto (confuso, distorcido, nublado). Minha amiga comentou que se nós começarmos a viajar como ele, ficaríamos loucas igualmente. Viajar não enlouquece; o que pira mesmo é fumar maconha e haxixe igual cigarro. Os adeptos perdem o bom senso.

Eu só me irritei com a erva quando percebi que tinha perdido um amigo pra ela. E aceita que dói menos: maconha vicia sim. Quando conheci Zé, ele fumava cigarro pra fazer charme, nem viciado era. Faz um tempo que não consigo conversar com ele direito (tá sempre chapado, com o olhar parado, com fome, falando nada com nada). Saudades Zé! Você era o máximo!

O chato é que não é só o Zé. É o policial, médico, psicólogo, atendente de telemarketing, advogado, mecânico, o adolescente, jovem, o senhor, a Fernanda Montenegro (no filme brasileiro Boa Sorte, Fernanda interpreta uma senhorinha maconheira, hehe), está todo mundo na moda e na brisa, sem distinção de classe, faixa etária, partido político. Não, porque isso deixou de ser sinônimo de rebeldia, de seletos intelectuais e caiu no modismo, no senso comum. Hoje, o que me surpreende mesmo é saber que uma pessoa não fuma, não bebe, nem nada, haha.



E a propósito, não tenho seda ;) Climão!

domingo, 11 de janeiro de 2015

Mais amor, menos climão



“É, engraçado, ás vezes a gente sente, e fica pensando
Que está sendo amado, que está amando, e que
Encontrou tudo o que a vida poderia oferecer
E em cima disso a gente constrói os nossos sonhos
Os nossos castelos, e cria um mundo de encanto onde tudo é belo.” Tim Maia

Eu acredito que todo mundo tem um combustível para seguir em frente e fazer tudo valer a pena. O combustível varia de acordo com a fase, personalidade e particularidades de cada um. O meu combustível é o amor <3

O amor faz a gente mudar, inspira, desafia, faz a gente ter coragem na marra.

Acontece que está faltando amor. 

Mais amor e menos climão, por favor, sabe?

Não necessariamente nessa ordem: amor pela profissão, se estressar, mas com imensa gratidão no final das contas. Mais amor pela família, dedicação, atenção. Amar os amigos (os de verdade e os que você acredita que são) abraçar e ter um tempo com aqueles que você não vê com frequência. Amar um esporte, mexer o esqueleto, extravasar. Amar a natureza, andar descalço por um gramado, respirar ar puro, colar na praia quando der. Amar os animais... Tem tanto bichinho precisando de carinho e adoção. Amar o desconhecido e a aventura – compre uma mochila e vá viajar de verdade. E amar alguém, loucamente – descer do táxi e deixar o taxímetro ligado pra fazer barraco na rua; largar tudo pra ir atrás de alguém e usar o trabalho como desculpa. E desamar depois, porque via de mão única não faz muito sentido nesse caso, hehe.

Por falar em reciprocidade, às vezes só amar já faz um bem danado. O importante é ter essa imensidão de sentimento inundando nosso coração, mesmo que seja em vão. Climão!

Então, aproveita o novo ciclo para marcar o reabastecimento daquilo que te fortalece e te faz se sentir o máximo para continuarmos a construir nossos sonhos e castelos. Eu preciso e quero muito amor pra gente, nesse ano e para sempre!  

terça-feira, 21 de outubro de 2014

LOVE, fitness e outras coisas



"Das portas que você fechou, fique com as chaves. Quem - como eu - escolhe asas, não se importa de sair pela janela." Fábio Chap

"Às vezes a gente não se apaixona por alguém, a gente se apaixona por uma ideia do que é esse alguém em nossas expectativas. Às vezes a gente está apenas apaixonado por um sonho, e só quer alguém que te acompanhe nessa empreitada." Eduardo Benesi

Eu até queria começar esse CLIMÃO ao som de Reginaldo Rossi, mas não vem ao caso.

A juventude foi ao lado dela. Pode-se dizer que foi uma vida juntos, de certa forma. Foi e não dava pra continuar sendo. O problema nunca foi com ela, pode ser clichê, mas juro que é verdade. Meu amor mal dava pra mim. Meu amor tímido, o “eu te amo” que gritava pra dentro. Eu só queria tudo como estava. Ela precisava de mais: véu, grinalda, dois filhos, um cachorro e eu, claro, climão! Elas sempre precisam de mais; mais juras; papel assinado; testemunhas. Enquanto nós, precisamos de um pouco mais de tempo. Tempo. Ela não tinha mais tempo, nem paciência para meus argumentos.

Cada um juntou seus pedaços e seguiu em frente. Mas não basta sua ex, linda e loira seguir em frente, ela tem que anunciar um relacionamento sério com o personal trainer UM MÊS depois, CLIMÃO. Pra ser sincero, o climão mesmo foi a aliança cravejada de brilhantes e o sonho dela a um passo de se realizar, na velocidade da luz. Tudo foi além dos alteres, do crossfit, da esteira, whatever, por ironia do destino.

Eu? Eu tô ótimo! Digerindo isso nos camarotes, bebendo bons drinks, tentando ficar mais sarado que o personal e curtindo o tempo, o tempo que eu precisava e desconfiando de todo e qualquer profissional. Que clima CHATO!


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A luz está acesa e tem gente em casa



Eu gosto de gente de extremos, sem frescura, que fala a verdade nua e crua.

Eu gosto de gente entusiasta, que compartilha, conta história, soma e não some.

Eu gosto de gente apimentada, que extrapola, que grita, ri, chora, coloca tudo pra fora.

Eu gosto de gente que tem um plano e não dúvida, que toma partido e não fica em cima do muro.

Prefiro os destemidos, infinitos, de coração aberto aos com o corpo fechado e olhar partido.

Eu gosto de pisar com tudo e não em falso, sem calço. 

Não gosto do resumo, da falta de jeito, de rumo ou de assunto. Vem que eu assumo. 


Eu gosto mesmo quando a luz tá acesa e tem gente em casa. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Vem viver aqui fora



“Isso nunca vai acontecer comigo”.

Quando você tem o dedo podre, nem a tecnologia pode te ajudar.

Parecia saudável e divertidíssimo até o “match” sair pela culatra. Seu tinder, suas regras e ponto. Primeiro você julga pelas fotos, depois pelo papo e... vamos ao climão MAIS chato da Copa do Mundo.

Ah, saudades Copa! O Brasil saiu vitorioso naquela partida, no sufoco clássico, claro, e o convite para comemorar o placar veio juntamente com o pretexto de que a gente precisava se conhecer. Ele escolheu o bar, eu decidi o horário. Chegando lá, o cara do aplicativo era mais psicopata que o convencional e suas fotos tinham mais filtro que o normal. Conhecer pessoas por meios tecnológicos requer certa paciência. Na verdade, isso é teste pra cardíaco.

Entramos no bar que ele escolheu e imediatamente tentei bolar um plano para sair daquela saia justa, afinal o meu São Jorge avisou que aquilo era cilada. Sugeri irmos para outro bar, porque eu tinha certeza que encontraria pelo menos uns dez conhecidos lá que me salvariam, mas ele não topou. Não pude escolher minha cerveja preferida e o papo não começou. Ele ficou calado, apenas me analisando. CLIMÃO!

Abordei um assunto aleatório e a patifaria começou. Ele discordava de tudo. Discordava em tom de discussão, quase briga e pancadaria. Desdenhava de cada opinião, tentou traçar meu perfil psicológico e pedia mais cerveja. Cada minuto parecia a eternidade e as alfinetadas não paravam. Ele se julgava “Ô Cara” mais conhecedor do circuito Rio/São Paulo. Pegador das gatas do litoral catarinense. O melhor poeta bêbado dos últimos tempos. O programador bem sucedido da cidade, que chato. Alegou que eu não era tão interessante assim e só estava ali para saber o que eu pensava dele. Abriu o e-mail e leu um texto, mais doido do que todos desse blog juntos.

Garçom chega! Traz a conta, por favor.

Bom, o Allison se irritou quando me levantei. Afirmou que eu estava me fazendo de princesa o tempo todo e não queria que eu fosse embora. Tentou justificar sua atitude grosseira como uma arma de sedução. Arma de sedução? Querido, volte duas casas!

Entre os torcedores comemorando o bom desempenho da seleção, me infiltrei no alvoroço em passos largos, sem olhar pra trás.

Enfim, nada como o velho e infalível flerte. Aquele ao vivo, de verdade, à primeira vista. Na rua, na pista, no balcão, sem intervenções e invenções. Pra não ser surpreendido, sai do app e vem viver aqui fora.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Osso?



Ao som de New Order, Bizarre Love Triangle.

“Suas amigas são super legais. Na real a Bia é super legal, pena que eu beijei a amiga. Osso!” CLIMÃO.

Aquele momento que a tragada do cigarro dura uma eternidade... Além de chato, certos comentários são ofensivos, deselegantes, teatrais.

Ei, a vida é muito curta pra gente ficar com a segunda opção, independente do assunto em questão. Pra quê, né?!

Compra-se aquele carro, porque o qual você realmente queria estava muito caro. Aceita-se aquele emprego porque o que você queria não deu certo. Casa-se com uma garota, porque aquela que você amava não deu moral. Faz faculdade de enfermagem, mas você queria mesmo era ser médico, porém o vestibular era muito concorrido. Que chato!

Nunca se conforme com a segunda opção. Tenha foco para não achar o jardim do vizinho mais colorido que o seu. A vida é um cadeado e você só precisa descobrir os números certos para ter tudo o que quiser. Mas entenda que não saímos vencedores sempre, é assim pra todo mundo.

E asseguro que osso, OSSO mesmo é falar demais; deixar o dito pelo não dito; descer pro play e não saber brincar; ainda ser aquele menino de touca no show dos Racionais. QUE CLIMA CHATO.