E daí parece que o ano que se inicia é motivo pra gente
renovar, acreditar, apostar e prometer. Eu gosto disso, mas acho chato.
Na trip super adventure, lá no alto, o farol
clareou aquela imensidão de mar e entre fogos, estouros de champagne e drinks
baratos, que fazem nossa alegria facilmente eu não conseguia nem sequer
prometer e me comprometer com alguma coisa que não fosse você. Foi um instante
tão comemorativo e reflexivo, tomado por abraços, saudações e aquela
sensação de que faltava algo.
Eu queria prometer tanta coisa! Ser menos impulsiva e parar
de fumar, por exemplo. Ter foco e ser menos arrogante. Comprar aquele carro
possante e usar grife manequim 36. Mas nada consegui. Foi aquele aperto no
peito, uma saudade sem fim. Falta daquele abraço frouxo e tímido. Daquele
sorriso incomparável. Do senso de humor hilariante. Do timbre da sua voz
indiscutivelmente meigo. Esse jeito tão conquistador e charmoso. O “eu te amo”
que eu não disse e não digo. E o celular não tocou, nem vibrou, nem nada.
CLIMãO!
Então eu pensei que se ao menos eu tivesse você, o que
viesse na sequencia, seria apenas brinde da vida. Depois eu esqueci.
Sem reciprocidades, mágoas ou climas chatos, esse ano eu
prometo que vou atear fogo em todas as suas fotos, essa paixão farei oferenda e
que tudo volte para Iemanjá. Ouvindo David Bowie – Modern Love é a nossa cara,
eu vou esquecer. Se não: “But
I try, I try”.
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